Saiba como o percevejo da soja impacta a produtividade da sua lavoura e descubra estratégias eficientes de manejo integrado. Com soluções práticas e monitoramento preciso, proteja sua produção e aumente seus resultados com o apoio da SSCrop!
O percevejo da soja é responsável por perdas de até 30% na produtividade das lavouras brasileiras, representando um dos principais desafios para nós, produtores rurais. Este inseto-praga afeta diretamente a qualidade dos grãos e pode comprometer significativamente o rendimento da safra quando não é controlado adequadamente.
Neste artigo, vamos explorar os diferentes tipos de percevejos na soja, incluindo o percevejo marrom da soja e o percevejo verde da soja, além de apresentar métodos eficazes sobre como eliminar percevejos das plantas.
Entenderemos seu comportamento, ciclo de vida, métodos de monitoramento e as melhores estratégias de controle para proteger sua lavoura e garantir uma produção mais rentável.
Em nossa experiência com o manejo do percevejo da soja, entender seu ciclo de vida e comportamento é fundamental para um controle efetivo. Vamos explorar as características biológicas dessa praga que tanto impacta nossas lavouras.
O desenvolvimento do percevejo da soja passa por três fases principais:
As ninfas completam seu desenvolvimento em aproximadamente 25 dias [1]. Os adultos apresentam uma longevidade média que varia de 50 a 120 dias, podendo gerar de 3 a 6 gerações anuais, dependendo da região [1]. As fêmeas são geralmente maiores que os machos e podem produzir entre 120 a 170 ovos durante sua vida [1].
Observamos que a atividade alimentar dos percevejos varia significativamente ao longo do ano. Durante o período reprodutivo da soja, cerca de 80% dos percevejos se alimentam ativamente [2]. Em contrapartida, na entressafra, apenas 15,6% dos percevejos mantêm atividade alimentar [2].
A população de percevejos apresenta flutuações marcantes conforme a cultura e o estádio de desenvolvimento das plantas [3]. Os insetos iniciam a colonização da soja em meados do período vegetativo (Vn) ou durante a floração (R1 a R2) [1]. O pico populacional ocorre durante o enchimento de grãos (R6), quando a densidade pode atingir até 98,4 percevejos por metro quadrado [3].
Para nós agricultores, identificar corretamente os percevejos que atacam nossa soja é o primeiro passo para um manejo eficiente. Vamos explorar as características que nos ajudam a reconhecer essas pragas em nossas lavouras.
Em nossas lavouras, encontramos predominantemente três espécies principais:
Os danos que observamos em nossa soja incluem o abortamento de vagens, redução no tamanho e massa dos grãos, além da diminuição do teor de óleo. Em casos severos, notamos que um único percevejo pode consumir cerca de 0,8 kg de grãos por hectare por dia [5].
Nossa experiência mostra que o período mais crítico começa no desenvolvimento das vagens (R3) e vai até a maturação fisiológica (R7). Durante o enchimento de grãos, já registramos densidades de até 98,4 percevejos por metro quadrado em áreas sem controle [4]. Para lavouras destinadas à produção de grãos, o nível de ação é de 2 percevejos/metro, enquanto para produção de sementes, consideramos 1 percevejo/metro [4].
Em nossa região, temos observado como diferentes fatores ambientais e práticas agrícolas influenciam diretamente as infestações do percevejo da soja. Vamos explorar os principais elementos que afetam essa dinâmica em nossas lavouras.
O clima é um fator determinante para a população de percevejos em nossas plantações. Notamos que o percevejo marrom da soja se desenvolve mais rapidamente e gera maior número de descendentes entre temperaturas de 25°C e 30°C[6]. Durante períodos mais quentes, observamos que:
Nossa experiência mostra que o sistema de plantio direto e o cultivo de milho de segunda safra têm favorecido o crescimento populacional desses insetos [6]. Com áreas cultivadas o ano inteiro, oferecemos condições ideais de alimentação e multiplicação para várias espécies de percevejos.
Em nossas observações, identificamos que os percevejos utilizam diferentes plantas hospedeiras ao longo do ano. O percevejo marrom, por exemplo, pode se alimentar de carrapicho-de-carneiro, girassol e feijão-guandu nos períodos entre safras [6]. Durante os meses mais frios, esses insetos entram em estado de dormência sob a vegetação, processo conhecido como diapausa, que funciona como estratégia de sobrevivência até o início da próxima safra [6].
Como produtores, temos enfrentado impactos econômicos significativos causados pelos percevejos em nossas lavouras de soja. Nossa experiência tem mostrado que o manejo adequado dessa praga é crucial para a viabilidade econômica da produção.
Em nossas áreas experimentais, observamos que o ataque intenso de percevejos pode reduzir significativamente a produtividade. Nas lavouras sem controle adequado, as perdas podem chegar a 30% da produção[7]. Em casos extremos, quando consideramos os descontos aplicados nos armazéns devido aos danos secundários causados pelos percevejos, o prejuízo pode atingir até 40% [8].
O controle químico dos percevejos representa um investimento significativo em nossa produção. Em média, realizamos 1,2 aplicações de inseticidas por safra para o controle desses insetos [9]. Esse controle corresponde a aproximadamente 30% do volume total de inseticidas utilizados na cultura da soja [9].
Os danos à qualidade dos grãos têm sido um dos nossos maiores desafios. Temos observado os seguintes impactos:
Em nossas avaliações de cargas recebidas, registramos variações de 3% a 32% de grãos picados por percevejos [11]. Quando armazenamos grãos com mais de 30% de ataque por mais de três meses, observamos perdas adicionais de aproximadamente 2% na massa total [11].
Em nosso trabalho diário no campo, o monitoramento adequado dos percevejos é fundamental para tomarmos decisões precisas de manejo. Vamos compartilhar as técnicas que utilizamos para acompanhar essas pragas em nossas lavouras.
Nossa experiência mostra que o monitoramento deve ser realizado semanalmente, com maior frequência quando a população se aproxima do nível de controle. Para áreas de até 10 hectares, realizamos no mínimo em áreas de 11 a 30 hectares, e 10 amostragens para áreas maiores que 30 hectares 6 amostragens, aumentando para 8 amostragens[12].
Em nossas lavouras comerciais de soja, adotamos o nível de ação de 2 percevejos por metro para produção de grãos. Para campos de sementes, esse nível é reduzido para 1 percevejo por metro [4]. O monitoramento deve ser intensificado a partir do desenvolvimento das vagens (R3) até a maturação fisiológica (R7).
O pano-de-batida é nossa principal ferramenta de amostragem. Utilizamos um pano branco de 1 metro de comprimento, que deve ser colocado entre as fileiras de soja [4]. Para maior precisão nas amostragens:
Nas contagens, consideramos as ninfas grandes (maiores que 0,3 cm) e os adultos das diferentes espécies de percevejos [4]. Registramos os dados em fichas de monitoramento para acompanhar a evolução da população ao longo da safra.
Após anos de experiência no campo, descobrimos que o manejo integrado é nossa melhor estratégia para controlar o percevejo da soja. Vamos compartilhar as práticas que têm nos trazido os melhores resultados.
Em nossas lavouras, temos obtido excelentes resultados com o uso de parasitoides de ovos. O Telenomus podisi tem se mostrado especialmente eficiente, alcançando em algumas áreas taxas de parasitismo de até 76,5%[13]. Utilizamos liberações de 5.000 vespinhas por hectare, o que nos permite manter as populações de percevejos abaixo do nível de dano econômico [13].
Nossa experiência mostra que práticas culturais adequadas são fundamentais. Implementamos a rotação de culturas e mantemos áreas de refúgio para os inimigos naturais. Em nossas áreas experimentais, observamos que o vazio sanitário e o calendário de semeadura contribuem significativamente para reduzir as populações de percevejos [13].
Quando necessário, realizamos o controle químico de forma criteriosa. Em nossas aplicações, temos alcançado maior eficiência nas horas mais frescas do dia, quando os percevejos estão mais expostos nas partes superiores das plantas [13]. A seletividade dos produtos é crucial - priorizamos inseticidas que preservam os inimigos naturais, mantendo taxas de parasitismo natural entre 30% e 70% durante a safra [13].
Para maximizar a eficiência do controle, integramos estas três estratégias:
Nossa experiência no manejo do percevejo da soja demonstra que o sucesso no controle dessa praga depende de uma abordagem sistemática e integrada. Através do monitoramento constante e da implementação de estratégias complementares de manejo, conseguimos reduzir significativamente as perdas que podem chegar a 30% da produtividade.
O conhecimento aprofundado da biologia e comportamento dos percevejos nos permite tomar decisões mais precisas sobre o momento ideal de intervenção. Combinamos efetivamente o controle biológico, utilizando parasitoides como o Telenomus podisi, com práticas culturais adequadas e aplicações químicas criteriosas apenas quando necessário.
Nossa jornada no campo comprova que o manejo integrado, baseado em amostragens regulares e no respeito aos níveis de ação, representa o caminho mais seguro para proteger nossas lavouras. Os resultados alcançados mostram que é possível manter a qualidade dos grãos e a rentabilidade da produção através de um programa consistente de manejo.
Q1. Quais são os principais métodos de controle do percevejo da soja?
O controle eficaz do percevejo da soja envolve uma abordagem integrada, incluindo monitoramento constante, rotação de culturas, eliminação de restos culturais, manejo de ervas daninhas, controle biológico com parasitoides e, quando necessário, aplicação criteriosa de inseticidas seletivos.
Q2. Como o percevejo afeta a produtividade da soja?
O percevejo da soja pode reduzir significativamente a produtividade, causando perdas de até 30% na produção. Ele se alimenta diretamente das vagens e grãos, provocando queda na produtividade, redução na qualidade dos grãos e deformações nas plantas devido às toxinas injetadas.
Q3. Qual é o período mais crítico para o monitoramento e controle do percevejo na soja?
O período mais crítico para monitoramento e controle do percevejo começa no desenvolvimento das vagens (estádio R3) e vai até a maturação fisiológica (R7). Durante esse período, é essencial realizar amostragens semanais para determinar a necessidade de intervenção.
Q4. Quais são os níveis de ação recomendados para o controle do percevejo na soja?
Para lavouras destinadas à produção de grãos, o nível de ação recomendado é de 2 percevejos por metro. Já para campos de produção de sementes, o nível é mais rigoroso, sendo de 1 percevejo por metro.
Q5. Como o controle biológico pode ser utilizado no manejo do percevejo da soja?
O controle biológico pode ser realizado através da liberação de parasitóides de ovos, como o Telenomus podisi, que pode alcançar taxas de parasitismo de até 76,5%. A liberação de cerca de 5.000 vespinhas por hectare pode ajudar a manter as populações de percevejos abaixo do nível de dano econômico.
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