Planejamento de safra 25/26: veja como usar a análise das safras passadas para reduzir custos e aumentar a rentabilidade no campo.
No campo, cada decisão pesa no bolso do produtor. Para a safra 25/26, o cenário é desafiador: os custos de produção seguem em alta. No Mato Grosso, o custeio da soja chegou a R$ 4.183/ha em julho de 2025. Além disso, os juros do Plano Safra 2025/26 subiram para até 13,5% ao ano em algumas linhas de crédito. [1] [2]
Nesse contexto, planejar deixou de ser apenas uma boa prática: é uma condição para manter a rentabilidade. Quando erros se repetem safra após safra, cada ponto percentual perdido na produtividade ou cada insumo mal utilizado corrói diretamente a margem de lucro.
Além disso, a falta de organização pode transformar planilhas em armadilhas, onde falhas de lançamento comprometem a tomada de decisão. É por isso que planejamento estruturado e análise de dados das safras passadas é a base para decisões mais seguras, redução de custos desnecessários e maior previsibilidade da fazenda.
Este guia foi pensado para ajudar você a enfrentar os desafios da safra 25/26 com mais clareza e segurança. Aqui, vamos mostrar:
Os pilares do planejamento de safra
Como planejar a safra da soja 25/26 com base em dados da sua realidade.
Como transformar os dados da safra 24/25 em decisões mais precisas.
O que esperar em custos, crédito e clima na safra 25/26.
Planejamento de safra é o processo de antecipar riscos, organizar recursos e projetar resultados antes do início do ciclo agrícola. Ele conecta aspectos técnicos, operacionais e financeiros da fazenda, garantindo mais controle e previsibilidade. [3]
Análise do solo
Corrigir acidez e repor nutrientes evita gastos desnecessários com fertilizantes e pode elevar a produtividade, segundo a Embrapa. [4]Clima e Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC)
Respeitar a janela de plantio reduz riscos de perda. O MAPA já publicou o ZARC da soja 25/26, requisito para acesso a crédito e seguro rural.Escolha de variedades
Optar por cultivares adaptadas à região diminui custos com defensivos e reduz riscos de quebra de produtividade.Calendário de operações
Um cronograma bem definido de plantio, tratos culturais e colheita evita atrasos que encarecem a safra e prejudicam o desempenho.Orçamento detalhado
Calcular o custo por hectare e simular cenários de rentabilidade dá clareza sobre a viabilidade da safra e ajuda a proteger a margem do produtor.Um erro comum é começar cada ciclo “do zero”, ignorando o que deu certo ou errado na safra anterior. A análise de safras passadas, recomendada pelo MAPA e utilizada por instituições como a Conab, é a base para evitar a repetição de erros e tornar o planejamento mais preciso. [5]
O 11º Levantamento da Safra de Grãos (14/08/2025) oferece dados precisos e atualizados para análise comparativa geral entre a safra 24/25 e anteriores.
Produtividade por talhão: comparar áreas mais e menos produtivas.
Custo por hectare detalhado: insumos, mão de obra, combustível e máquinas.
Margem por cultura: quanto cada lavoura realmente gerou de resultado líquido.
Previsão x Realizado: identificar onde o orçamento falhou.
Perdas logísticas: transporte, armazenagem e pós-colheita.
Plantio fora da janela indicada pelo ZARC, aumentando risco climático.
Uso incorreto ou em excesso de fertilizantes/defensivos.
Custos financeiros subestimados ou não registrados.
Comercialização tardia, sem proteção contra variação de preços.
Ao identificar gargalos de produtividade, revisar custos por hectare e entender onde o planejamento falhou, você transforma erros em dados que fortalecem a safra 25/26. Quanto mais clara for essa leitura do passado, maior será a previsibilidade e a segurança das suas próximas escolhas.
O planejamento da safra 25/26 acontece em um ambiente de crédito mais caro, custos pressionados e competição intensa. Entender esse panorama é essencial para ajustar o orçamento e reduzir riscos.
O Plano Safra 2025/26 destinou R$ 516,2 bilhões ao agronegócio empresarial, o maior volume da história. Mas os juros de linhas estratégicas chegaram a 13,5% ao ano. Isso significa que o acesso ao financiamento está mais caro, exigindo maior disciplina no fluxo de caixa e revisão criteriosa dos investimentos em máquinas e insumos. [2] [6] [7]
Levantamentos recentes apontam que o custo de produção da soja em Mato Grosso atingiu R$ 4.183/ha em julho de 2025, impulsionado por insumos e defensivos agrícolas. Esse patamar pressiona margens e pode se repetir em outras regiões, reforçando a importância de calcular com precisão o custo por hectare e buscar eficiência na gestão. [1] [8] [9]
O plantio da 1ª safra de milho já havia alcançado 3,2% da área do Centro-Sul em julho, mostrando que o ciclo começou em ritmo acelerado. Nesse cenário, respeitar o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) é fundamental para reduzir riscos climáticos e manter acesso ao crédito e ao seguro rural. [10]
Fluxo de caixa sob pressão: crédito mais caro pede maior controle financeiro.
Margens apertadas: saber o custo real por hectare é essencial para negociar insumos e proteger resultados.
Concorrência acirrada: safra recorde prevista pode pressionar preços na comercialização.
Indicador | Valor / Situação | Fonte |
---|---|---|
Crédito total Plano Safra 25/26 | R$ 594,4 bilhões | MAPA |
Juros Moderfrota | até 13,5% a.a. | MAPA |
Produção nacional de grãos (proj.) | 328 milhões t | Conab |
Produção de soja (proj.) | 176,5 milhões t | Conab |
Plantio do milho (jul/25) | 3,2% da área do Centro-Sul | Conab |
Custo da soja em Mato Grosso | R$ 4.183/ha (jul/25) | Imea |
Um orçamento agrícola eficiente precisa responder a duas perguntas fundamentais:
Quanto custa cada hectare da minha lavoura?
Qual é a margem mínima aceitável para manter a rentabilidade?
O primeiro passo é levantar todos os gastos diretos e indiretos da safra. A fórmula básica é simples:
Custo por hectare =
Custo total da lavoura ÷ Área cultivada - tabela
Insumos: sementes, fertilizantes e defensivos.
Operações agrícolas: plantio, tratos culturais e colheita.
Máquinas e combustível: manutenção, depreciação e consumo de diesel.
Mão de obra: permanente e temporária.
Outros custos diretos: transporte, armazenagem e serviços contratados.
Se uma fazenda gasta R$ 4,18 milhões para cultivar 1.000 hectares de soja, o custo médio será de R$ 4.183/ha.
Esse número é a base para projetar margens e definir estratégias de comercialização.
Para reduzir riscos, é fundamental projetar diferentes condições de mercado. O ideal é trabalhar com três cenários:
Cenário pessimista: preços abaixo da média e custos mais altos. Exemplo: produtividade de 52 sc/ha × preço de R$ 120/sc = receita menor, exigindo cortes de gastos ou estratégias de hedge.
Cenário base: médias históricas de preço e produtividade. Exemplo: produtividade de 58 sc/ha × preço de R$ 135/sc = margem próxima ao esperado.
Cenário otimista: produtividade acima da média e preços favoráveis. Exemplo: produtividade de 65 sc/ha × preço de R$ 145/sc = margem ampliada, com espaço para novos investimentos.
Mais do que números, o orçamento deve guiar:
Negociação antecipada de insumos.
Definição da melhor janela de comercialização.
Avaliação de financiamentos ou barter.
Planejamento da margem mínima para enfrentar cenários adversos.
Um orçamento agrícola bem estruturado transforma custos em previsibilidade, reduz riscos e garante que a safra 25/26 seja conduzida com mais segurança e clareza financeira.
Com o software agrícola da SSCrop, você organiza custos, integra notas fiscais e gera relatórios claros de rentabilidade por talhão ou cultura. Assim, em vez de começar cada ciclo do zero, você inicia a safra 25/26 já sabendo onde pode cortar gastos, onde precisa investir mais e quais cenários são realmente viáveis.
Com o sistema, você consegue:
Organizar áreas e talhões, conectando produtividade e custos em cada pedaço da fazenda.
Controlar gastos por categoria (insumos, combustíveis, estoque, mão de obra), entendendo para onde o dinheiro realmente foi.
Integrar automaticamente notas fiscais, reduzindo erros de lançamento e economizando tempo.
Gerar relatórios gerenciais de rentabilidade, mostrando o resultado líquido por cultura ou por talhão.
Comparar as safras passadas, identificando onde decisões foram acertadas ou precisam de ajuste.
Imagine o seguinte: ao fechar a safra 24/25, você já sabe quanto gastou com defensivos, quanto consumiu de combustível e qual foi a margem de cada cultura. Com esses dados organizados, você enxerga rapidamente se repetir a mesma estratégia na safra 25/26 é seguro ou se ajustes precisam ser feitos.
Em vez de depender de anotações soltas ou planilhas que podem falhar, você ganha previsibilidade, clareza e segurança para cada decisão.
A safra 25/26 chega com desafios claros: custos em alta, crédito mais caro e margens pressionadas. Mas quem utiliza os dados da safra passada para aprender e estruturar um orçamento sólido entra no novo ciclo com muito mais clareza e previsibilidade.
Planejar é reduzir riscos e ampliar oportunidades. Com cada decisão registrada e analisada, você deixa de depender de estimativas e passa a conduzir sua fazenda com base em números confiáveis.
👉 Não espere a próxima conta apertar: teste o SSCrop por 7 dias grátis e comece agora a planejar a safra 25/26 com mais controle e segurança.
É o processo de organizar recursos técnicos, financeiros e operacionais antes do início do ciclo agrícola. Ele ajuda a reduzir custos desnecessários, prever riscos e aumentar a rentabilidade da lavoura.
O cálculo é simples: Custo total da lavoura ÷ área cultivada. Exemplo: se foram gastos R$ 4,18 milhões em 1.000 hectares de soja, o custo médio é de R$ 4.183/ha.
Produtividade por talhão.
Custos detalhados por hectare.
Margem líquida por cultura.
Diferença entre orçamento previsto e realizado.
Perdas logísticas (armazenagem, transporte).
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) define as janelas ideais de plantio em cada região. Seguir o ZARC reduz riscos climáticos e garante acesso a crédito e seguro rural.
Monte três projeções:
Pessimista: preços baixos + custos altos.
Base: médias históricas de preço e produtividade.
Otimista: produtividade acima da média + preços favoráveis.
Essa simulação mostra o limite mínimo de rentabilidade para manter a margem positiva.
O sistema organiza custos por hectare, integra notas fiscais, gera relatórios de rentabilidade por cultura e simula cenários. Isso transforma o histórico da safra passada em informações práticas para decisões mais seguras na safra 25/26.
Leia Mais
segundas às sextas-feiras, das 08:00 às 12:00 e de 14:00 às 18:00 horas.
segundas às sextas-feiras, das 08:00 às 12:00 e de 14:00 às 18:00. Aos sábados, das 08:00 às 12:00 horas.